Você sabe o que é autoaceitação e por que ela é tão importante?
Muitas vezes este termo é confundido com autoestima ou amor próprio.
Ou também é relacionado com conformismo.
Porém, autoaceitação vai além disso tudo.
Ou seja, está relacionada a ser quem você é, na sua essência.
Portanto, a autoaceitação envolve suas emoções e pensamentos, suas falas, comportamentos e sua personalidade.
Além disso, também diz respeito às suas qualidades e também os defeitos.
Então, preparei este artigo para falar tudo sobre a autoaceitação, o porquê é tão importante e como desenvolvê-la.
Qual o significado de autoaceitação?
A autoaceitação é muito semelhante à autoestima.
Mas enquanto a autoestima está mais relacionada à maneira como a pessoa enxerga o seu próprio valor, a autoaceitação é mais relacionada à maneira como a pessoa se sente consigo mesma.
Ela está relacionada principalmente à sua essência.
Ou seja, saber conviver bem com qualidades e defeitos é uma característica de uma pessoa com um alto nível de autoaceitação.
A autoaceitação está relacionada com o autoconhecimento, enquanto a autoestima tem relação com o amor próprio.
Portanto, para ter autoestima, é importante que exista a autoaceitação, o autoconhecimento e o amor próprio.
Uma pessoa que se autoaceita possui plena consciência de quem realmente é.
Além disso, ela sabe se perdoar e ter atitudes mais conscientes diante de suas falhas ou em situações ruins.
A autoaceitação também contribui para a autorrealização.
Ou seja, a satisfação com suas realizações, aproveitamento de suas próprias capacidades e habilidades.
Quando sabemos quem somos, aumenta a nossa confiança e disposição para enfrentar desafios.
Não confunda autoaceitação com negação
Muitas vezes, para sentir autoaceitação, as pessoas tentam negar alguns traços de personalidades e defeitos.
Aliás, isso não traz satisfação.
Muito pelo contrário!
A tendência é que os conflitos internos e emoções ainda existentes aumentem e fiquem mais difíceis de resolver.
Fingir que está tudo bem, não é a solução.
Outro ponto importante é:
Autoaceitação não é um “passe-livre” para não mudar.
Ou seja, isso não quer dizer que não é importante corrigir os erros e defeitos que temos.
Portanto, é importante entender o que faz parte da sua essência, mas também estar atento aos pontos de melhorias.
É olhar para os aspectos falhos sem raiva, culpa, remorso ou discriminação.
Mas observar também qual a melhor maneira de modificá-los.
Por que a autoaceitação é importante?
Já falei sobre como a autoaceitação impacta a autoestima.
Quando você não se aceita, se sentir bem com você mesmo se torna um grande desafio.
Além disso, a capacidade de se sentir realizado também é afetada.
E aí começa um ciclo negativo.
Uma pessoa assim costuma ser muito autocrítica.
Surge também a crise existencial, o vazio interior, os sintomas de depressão e o desinteresse pela vida.
A ansiedade também é algo muito comum em pessoas que não se aceitam como são.
Por outro lado, uma pessoa que se aceita plenamente, vive um cenário oposto:
- Possuem amor próprio;
- Tem felicidade pela vida;
- Praticam o autocuidado;
- Sentem bem-estar emocional;
- Possuem bom-humor e saúde mental;
- Sentem-se realizadas.
O que causa a falta de autoaceitação?
Muitas vezes, os motivos da falta de autoaceitação vem da infância.
Quando a criança é muitas vezes reprimida, repreendida ou tem sua autoestima atacada por seus cuidadores ou pessoas próximas, surge uma tendência a acreditar que existe algo de errado nela.
Ou seja, crianças expostas a ambientes familiares opressivos, onde exista muitos conflitos com os pais, tendem a passar por problemas de autoaceitação.
Portanto, o que a criança aprende na infância pode acompanhá-la por toda a vida.
Na adolescência também costumam surgir muitos conflitos de personalidade.
Os adolescentes que sofrem bullying e que não recebem amparo dos pais podem sofrer na vida adulta.
Além disso, existem as pressões sociais e modelos de “perfil ou padrão ideal”, que podem fazer com que a autoaceitação seja abalada.
Outros casos também são observados em pessoas que sofreram abusos psicológicos, emocionais, ou rejeições por família e amigos.
Além disso tudo, pessoas vítimas de traumas emocionais ou físicos (como uma deficiência física) podem sofrer com a falta de autoaceitação.
Existem outros fatores que podem gerar dificuldade em se aceitar. Por exemplo:
- Medo do julgamento;
- Complexo de inferioridade;
- Insegurança;
- Medo de errar;
- Depressão;
- Transtornos de ansiedade.
A algum tempo atrás, a empresa Dove® lançou uma campanha valorizando a beleza pessoal e gerando uma reflexão importante sobre a autoaceitação.
Vale a pena dar uma olhada:
Como desenvolver a autoaceitação?
Apesar de as pessoas acabarem convivendo com a falta de aceitação de si mesmo, é possível sim desenvolver a autoaceitação.
Não quero dizer que seja simples ou fácil, mas é totalmente possível.
Essa jornada envolve o autoconhecimento e o desenvolvimento da autoconfiança e da autoestima.
Portanto, seguem abaixo algumas dicas para auxiliar:
Conheça a si mesmo
O autoconhecimento é a chave para o desenvolvimento pessoal.
Portanto, reflita sobre os motivos que o impedem de aceitar a si mesmo.
- É o negativismo?
- São os julgamentos ou críticas que recebeu?
- São suas características ou defeitos?
- Quais são os empecilhos que o impedem de se aceitar?
Ou seja, avalie o que pode ser influência e liste tudo.
Talvez seja necessário revisar essa lista com frequência.
Dessa forma, será possível começar a identificar os aspectos que precisam ser tratados.
Treine a sua autoestima
Além disso que falamos anteriormente, reflita também sobre sua personalidade.
É um exercício de autoestima reconhecer seus valores e qualidades.
É muito comum reconhecermos nossos traços negativos, mas isso pode ser prejudicial.
Portanto, tenha total consciência também sobre os seus pontos positivos.
Então, faça uma lista identificando seus valores, qualidades e pontos positivos.
Caso tenha dificuldade em encontrá-los, consulte pessoas de confiança.
Não foque nas opiniões alheias
Muitas vezes somos alvo de julgamentos e opiniões alheias. Isso é comum.
Mas o problema é quando tomamos isso como verdades.
Portanto, é importante não nos afastarmos de nossa essência, em favor às opiniões.
As opiniões são do outro? Deixe com ele.
Sempre que for alvo de uma crítica, ou um julgamento, ou até mesmo quando ouvir uma opinião, reflita:
- Isso faz sentido para mim?
- Tenho algo a melhorar?
- É importante eu me atentar a algo que posso estar falhando?
Após isso, mantenha o foco na solução, e não na crítica ou na opinião.
Ou seja, somente se fizer sentido a você, busque corrigir algum erro ou falha.
Mas caso não tenha nada a ver com sua essência ou ao que é bom para si, apenas deixe passar.
Pare de se comparar com outras pessoas
Um dos maiores motivos que causam a baixa autoestima é a comparação com outras pessoas.
O ambiente que você frequenta pode ser um estímulo para que você comece a se comparar, e isso costuma trazer infelicidade.
É importante que você se lembre sempre que cada pessoa é única.
Ou seja, cada um possui seus princípios e valores, além de culturas e personalidades distintas.
Por isso, é importante que você evite se comparar às outras pessoas, principalmente de forma negativa.
Mantenha o foco em si mesmo.
Veja suas qualidades e reconheça os seus limites.
Não se critique baseado apenas no que vê em outras pessoas.
Cada pessoa tem seus próprios desafios.
Desenvolva a sua inteligência emocional
Seja capaz de administrar suas emoções.
Uma pessoa com inteligência emocional consegue reagir melhor às situações do dia a dia.
Além disso, é capaz de não deixar a mágoa ou a frustração aflorarem por causa de motivos externos.
Imprevistos acontecem.
Desenvolva a habilidade de reagir de forma positiva, mesmo diante deles.
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Pare de se culpar
Reconhecer o erro é importante! Buscar melhorar sempre é fundamental.
Mas se culpar em excesso, não!
Então aceite que erros são parte natural da vida.
Quando errar, simplesmente reconheça e busque formas de acertar da próxima vez.
Ficar se autoflagelando e se culpando não é nada positivo e nem tampouco produtivo.
Troque o vitimismo pela responsabilidade
Muito de encontro à dica anterior, essa dica é: não se vitimize.
Seja responsável e maduro diante de suas falhas.
Ao invés de ficar se vitimizando quando algum erro acontece, entenda que eles fazem parte da vida e que todos passam por isso.
Os erros não definem quem você é. Um erro é sobre uma situação, e não sobre você.
Portanto, diante de um erro, uma atitude madura é aceitá-lo e assumir.
Pensar antes de agir é importante, mas ficar remoendo os erros, se culpando ou se vitimizando, novamente, não é nada produtivo.
Tenha por perto pessoas que te façam bem
Estar com quem nos faz bem contribui muito para a prática da autoaceitação.
Invista em amizades positivas e que lhe façam bem. Busque pessoas que te façam ser uma pessoa melhor a cada dia.
Pessoas negativas não nos dão os estímulos necessários para que possamos nos desenvolver.
Portanto, evite pessoas negativas e busque sempre a companhia de quem te ajuda a ser melhor a cada dia.
Busque terapia
Como se trata de um problema emocional e comportamental, a falta de autoaceitação também pode ser tratada com terapia.
Por estar normalmente relacionada à memórias ruins, as pessoas desenvolvem mecanismos de defesa para ficarem longe delas.
E tratar esse tipo de coisa não é tão confortável e nem simples.
Portanto, um acompanhamento terapêutico pode ajudar a resolver essa dificuldade.
A hipnoterapia é um tipo de terapia breve que pode lhe trazer um excelente resultado em um curto espaço de tempo.
Se você quiser saber mais a respeito da terapia com hipnose clínica, me mande uma mensagem através do botão abaixo, ou preenchendo o formulário neste link.
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Conclusão
Você viu como é importante trabalharmos nossa autoaceitação?
Vimos que ela proporciona maior realização, bem-estar, qualidade de vida.
Além disso, ela está totalmente relacionada com a autoestima.
Mas também vimos que a falta dela se relaciona muito com casos de crise existencial, depressão e ansiedade.
Falamos um pouco também sobre suas possíveis causas e formas de desenvolver a sua autoaceitação.
Portanto, agora é hora de se desenvolver.
Crie um planejamento para que consiga colocar hábitos em sua rotina que fortaleçam quem você é.
E se precisar de um acompanhamento terapêutico, não hesite.
Entre em contato, pois será um prazer auxiliá-lo.
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Afinal, vimos também que o círculo social influencia bastante em nossa autoaceitação.
Um grande abraço, e até o próximo post!